sábado, 25 de fevereiro de 2017

20 QUESTÕES SOBRE OS POVOS PRÉ COLOMBIANOS E PRÉ CABRALINOS


Olá, Galera!!!
Segue abaixo uma lista com 20 questões objetivas sobre os Povos Pré Colombianos e Pré Cabralinos com gabarito... Caso fique com alguma dúvida é só postar nos comentários que repondo!

Caso queira ler mais sobre o assunto segue o link para uma apostila teórica sobre o assunto maravilhosa produzida pela professora Luciane Azevedo Chaves formada pela Universidade Federal de Uberlândia!!! - http://md.intaead.com.br/geral/historia-das-americas-i/pdf/Historia-das-Americas-I.pdf


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1.   Leia o texto a seguir.

A riqueza dos incas e astecas foi assim devorada num relance, os impérios eliminados e, dentro em pouco, não estava ali, de toda a riqueza sonhada, senão o solo, prodigiosamente rico de ouro e prata, e restos de tribos selvagens, apavoradas, combalidas, desmoralizadas. O espanhol [...], por essa forma depredadora, adaptou logo as suas tendências e apetites naturais às condições novas que se lhe ofereciam. Enquanto houve riqueza acumulada, ele foi depredador, guerreiro, conquistador. Esgotaram-se as riquezas, ele fez-se imediatamente sedentário. Colheu os restos de populações índias sobreviventes às matanças, escravizou-as e fê-las produzir riquezas para ele – cavando a mina ou lavrando a terra.
BOMFIM, Manoel. A América Latina: males de origem. Rio de Janeiro: Topbooks, 1993. p. 103. (Adaptado).

Ao analisar as relações entre as metrópoles ibéricas e as suas colônias americanas, o pensador brasileiro Manoel Bomfim (1868-1932) fez uma analogia entre sociedades humanas e organismos biológicos, prática recorrente entre inúmeros intelectuais brasileiros no início do século XX. A partir da análise do texto, considerando o contexto histórico e os conceitos de interações biológicas, conclui-se que o conquistador espanhol
a) sobreviveu e se alimentou à custa das populações incas e astecas, mantendo com elas uma relação análoga à interação do parasitismo.   
b) interagiu com o que restou do solo, das terras e das populações incas e astecas sobreviventes, numa relação análoga ao mutualismo.   
c) devorou, com seu apetite natural, as riquezas dos povos incas e astecas, mantendo com eles uma relação análoga ao comensalismo.   
d) depredou, escravizou e explorou os povos incas e astecas sobreviventes, estabelecendo com eles uma relação análoga ao predatismo.   
e) viveu à custa das populações incas e astecas, na condição de hospedeiro, por meio de uma relação análoga à interação do inquilinismo.   
  
2. Leia com atenção os fragmentos abaixo.

Assim como no Egito, na Mesopotâmia, a agricultura foi a principal atividade econômica praticada pela população. O Estado era responsável pelas obras hidráulicas necessárias para a sobrevivência da população, bem como pela administração de estoques de alimentação e pela cobrança de impostos (...).
(Vicentino, Claudio. História Geral e do Brasil / Claudio Vicentino, Gianpaolo Dorigo. 1a Ed. São Paulo: Scipione. 2010. p. 60-455.)


... a base da economia Inca estava nos Ayllu, espécie de comunidade agrária. Todas as terras do império pertenciam ao Inca, logo, ao Estado. Através da vasta rede de funcionários, essas terras eram doadas aos camponeses para sua sobrevivência. Os membros de cada Ayllu deveriam, em troca, trabalhar nas terras do Estado e dos funcionários, nas obras públicas e pagar impostos.
(Moraes, Jose Geraldo Vinci de. 1960. Caminhos das Civilizações – história integrada: Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 1998.)


De acordo com o materialismo histórico preconizado por Marx e Engels, o modo de produção que aparece descrito parcialmente nos trechos anteriores, é o
a) feudal.   
b) asiático.   
c) primitivo.   
d) escravista.   
  
3. Leia com atenção.

As misteriosas cidades e edificações da civilização maia que resistiram ao tempo incluem obras reconhecidas como patrimônio mundial. Tais achados vêm intrigando pesquisadores até a atualidade, já que pouco se sabe sobre as origens, a organização social e as causas do fim dessa civilização, no século X.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente as principais características da civilização maia.
a) Desenvolveu-se na floresta Amazônica (atuais Peru, Bolívia e Suriname) e sua economia se baseava na coleta de tributos provenientes do comércio com os incas e os astecas.   
b) Ocupava a região das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (Sul do México), e desenvolveu saberes matemáticos, astronômicos e arquitetura sofisticados para a época.   
c) O poder era centralizado nas mãos do Imperador, cuja origem era considerada divina, e a capital, Machu Picchu, foi construída no topo de uma grande montanha para evitar ataques de povos inimigos.   
d) Habitava a região do Rio da Prata, atuais Uruguai e Argentina, onde desenvolveu a cultura de algodão, com o qual fabricava tecidos para exportação, e projetou um sistema de vigilância eficaz para se proteger de ataques inimigos.   
e) A organização social igualitária favorecia a distribuição equilibrada dos recursos naturais provenientes do comércio marítimo, realizado no Caribe, e os grandes templos e pirâmides honravam as divindades do Sol (Rá) e da Lua (Anúbis).   
  
4. Leia com atenção.

Quando surgiram as primeiras notícias sobre a presença de seres estranhos, chegados em barcos grandes como montanhas, que montavam numa espécie de veados enormes, tinham cães grandes e ferozes e possuíam instrumentos lançadores de fogo, Montezuma e seus conselheiros ficaram pensando: de um lado, talvez Quetzalcóatl houvesse regressado, mas, de outro, não tinham essa confirmação.
PINSKY, J. et. al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).


A dúvida apresentada inseria-se no contexto da chegada dos primeiros europeus à América, e sua origem estava relacionada ao
a) domínio da religião e do mito.   
b) exercício do poder e da política.   
c) controle da guerra e da conquista.   
d) nascimento da filosofia e da razão.   
e) desenvolvimento da ciência e da técnica.   
  
5.   O poeta canta:

“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.”
(Pablo Neruda).


Talvez não seja inútil partir desses versos para tentar perceber por que elementos – que encarados em seu conjunto, constituem um mecanismo – foi possível a conquista da América.
(Ruggiero Romano, Mecanismos da Conquista Colonial. 1973. Adaptado


Sobre o trecho citado, é correto afirmar que a conquista espanhola da América
a) diferenciou-se muito da praticada pelos portugueses no Brasil, porque houve a instituição de pequenas propriedades rurais, a produção essencialmente voltada para o mercado interno e, ao mesmo tempo, uma política indigenista que privilegiou a catequese e condenou todas as formas de exploração do trabalho indígena, estabelecendo o trabalho assalariado para as atividades produtivas; mas a ausência de alimentos fez a fome prevalecer entre os colonos.   
b) contou com muitas condições facilitadoras, caso da organização social das sociedades indígenas, produtoras de excedentes agrícolas e acostumadas com o trabalho de exploração extrativista mineral; mas, por outro lado, os religiosos espanhóis defendiam a necessidade da escravidão indígena a fim de que os nativos da América percebessem a importância da fé religiosa e do temor a Deus para a construção de laços familiares estáveis e moralmente aceitos.   
c) foi organizada pelas elites coloniais, representadas pelos criollos, que criaram vários mecanismos de exploração do trabalho indígena, prevalecendo a condição escrava, porque, ainda que os preceitos jurídicos explicitassem a qualidade dos nativos de homens livres, cada morador adulto de aldeias era obrigado a oferecer a metade dos dias do ano de trabalho nas propriedades agrícolas, sempre com o irrestrito apoio das congregações religiosas, especialmente a dos jesuítas.   
d) constitui-se como um organismo, no qual se articularam a superioridade bélica do colonizador, exemplificada pelo uso do cavalo; a existência de alguns mitos religiosos que precederam a presença espanhola na América, caso das profecias que garantiam a chegada iminente de novos deuses ou de calamidades; e uma considerável modificação nas formas de organização das sociedades nativas americanas, materializada na imposição de novas formas e ritmos de trabalho.   
e) esteve sempre muito ameaçada pela dificuldade em obter mão de obra farta, porque as guerras entre os povos nativos eram constantes e geravam muitas mortes e, além disso, porque havia uma pressão importante de vários setores da Igreja Católica para que os indígenas só fossem deslocados às frentes de trabalho depois da formação catequética, que demorava alguns anos e retirava dos índios a motivação para as atividades mais rudes, caso da extração da prata.   
  
6. Leia com atenção.

Os habitantes da América foram chamados de índios pelos europeus passando a ideia de que era um povo único e homogêneo. Acontece que os diversos povos pré-colombianos são muito diferentes uns dos outros variando desde a civilização Asteca até os Jês do Brasil. Os antropólogos adotam critérios para classificar as tribos de acordo com alguns elementos culturais.

Assinale a alternativa CORRETA.
a) Os primeiros europeus que chegaram à América estavam certos, pois as pesquisas realizadas pelos antropólogos confirmaram a homogeneidade do povo, do norte ao sul, que habitava a região que foi chamada de América.   
b) Hoje os antropólogos preferem classificar os povos indígenas de acordo com os idiomas que falam, com base em troncos linguísticos estabelecidos após rigorosas pesquisas.   
c) As pesquisas arqueológicas realizadas no Brasil, no século XX, confirmaram que os povos que habitam o país têm a mesma cultura quanto à organização política, aos ritos religiosos e às regras sociais.   
d) Não é possível saber como viviam os povos indígenas do Brasil antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, porque esses grupos não dominavam a escrita.   
e) Quando os portugueses chegaram ao Brasil, nenhuma tribo que aqui vivia sabia cultivar alimentos nem dominavam a técnica da cerâmica, sobrevivendo apenas da coleta daquilo que a natureza oferecia.   
  
7.   Analise o quadro:

Evolução da população do México
(em milhões de habitantes)
1519
25,3
1532
16,8
1548
6,3
1568
2,6
1580
1,9
1595
1,3
1605
1,0
VINCENT, Bernard. 1492: Descoberta ou Invasão? RJ: Jorge Zahar, 1992. p.119. (adaptado)

O acentuado declínio populacional dos astecas do México, no século XVI, está relacionado, entre outros, com os seguintes fatores:

I. a utilização de armas de fogo altamente destrutivas durante os processos da conquista militar.
II. as epidemias letais trazidas pelos conquistadores, como a gripe, a varíola, o sarampo.
III. a intensificação da escravidão indígena e do tráfico de escravos índios para a metrópole.
IV. a violência colonial e a alta mortalidade devido ao agravamento das condições de vida dos índios.

Está(ão) correta(s) 
a) apenas I.    
b) apenas II.    
c) apenas III e IV.    
d) apenas I, II e IV.    
e) I, II, III e IV.   
  
8. Leia com atenção.

Os povos indígenas tiveram participação essencial nos processos de conquista e na colonização em todas as regiões da América. Na condição de aliados ou inimigos, eles desempenharam importantes e variados papéis na construção das sociedades coloniais e pós-coloniais.
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010, p. 9.

Sobre a temática e a realidade apresentadas no texto, assinale a alternativa CORRETA.
a) Os maias organizaram, durante o século XVI, uma violenta reação à conquista espanhola.   
b) Os povos tapuia, diferentemente dos povos tupi, fizeram alianças com os colonizadores portugueses.   
c) A ausência de povos indígenas no litoral da América Portuguesa facilitou o processo de conquista e colonização lusa na região.   
d) Os incas só foram conquistados pelos espanhóis no final do século XVIII.   
e) Os tupis do litoral da América Portuguesa se dividiram: uns se aliaram aos portugueses enquanto outros se tornaram seus inimigos.   
  
9.   Leia o documento a seguir.

A admiração que os cavalos causaram aos índios logo que os viram excede a todo encarecimento: porque, quase em todas as províncias da América, tomaram o cavalo e o cavaleiro como uma só pessoa. Em suma, não houve coisa de quantas da Europa se trouxeram que mais os admirasse e assombrasse. Ficavam como fora de si de estupor vendo um espanhol a cavalo com um peitoral de guizos.
BERNABÉ, Cobo. In: AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. No tempo das caravelas. Goiânia: Cegraf/UFG; São Paulo: Contexto, 1992. p. 129. (Adaptado).

A narração do cronista espanhol sobre a Conquista do Peru, no século XVI, conduz à compreensão sobre um componente do imaginário nativo que favoreceu a ação dos europeus. Esse componente se associa à
a) interpretação cíclica da história, que levava a incorporar os invasores como deuses a pressagiar o fim dos tempos.   
b) crença religiosa politeísta, que pressupunha a aceitação de deuses estrangeiros para controlar os conflitos entre tribos distintas.   
c) devoção à natureza, que implicava no respeito aos animais poupados nas batalhas contra os invasores europeus.   
d) concepção matriarcal vigente, que excluía a preparação para a guerra como tarefa para a defesa das sociedades nativas.   
e) forma de combate utilizado na guerra, que privilegiava a utilização do corpo como meio de legitimar o heroísmo do guerreiro.   
  
10. Os povos tupi correspondiam no século XV a um enorme conjunto populacional étnico-linguístico que se espalhava por quase toda a costa atlântica sul do continente americano, desde o atual Ceará, até a Lagoa dos Patos, situada nos dias de hoje no Rio Grande do Sul. De acordo com registros de missionários jesuítas e de exploradores portugueses dos primeiros anos da colonização portuguesa, os povos tupi se disseminaram pelo que é hoje a costa brasileira, numa dinâmica combinada de crescimento populacional e fragmentação sociopolítica. Ao mesmo tempo, uma utopia ancestral cultivada pelos diversos grupos tupi da busca de uma “terra sem males”, teria contribuição para sua expansão territorial. Os tupi chegaram no início do século XVI à Amazônia, ocupando a Ilha Tupinambarana como ponto final de sua peregrinação. No caminho percorrido, os povos tupi viviam numa atmosfera de guerra constante entre si e com outros povos não-tupi. Guerras, captura e canibalização dos inimigos alimentavam a fragmentação, a dispersão territorial e o revanchismo.

Em termos simbólicos, o sentido da antropofagia, resultante do enfrentamento entre indígenas pouco antes do início da colonização portuguesa, tem relação com:
a) a necessidade de exterminar os inimigos na totalidade, inclusive pela ingestão física, de modo a interditar-lhes qualquer forma de sobrevivência ou resquício material.   
b) o interesse em assimilar as potencialidades guerreiras e a bravura dos inimigos, bem como incorporar seu universo social e cosmológico adicionado ao grupo do vencedor.   
c) a profunda diferença sociocultural entre os povos tupi, que ao longo da expansão tendiam a considerar-se como estrangeiros, habitando regiões contíguas.   
d) a interferência de navegadores europeus que alimentavam as dissensões entre os povos indígenas como meio de conquistá-los posteriormente.   
e) a disputa territorial com os povos não-tupi, que foram praticamente expulsos da costa e obrigados a adentrar o interior do continente.   
  
11. Leia com atenção.

“O Brasil é uma criação recente. Antes da chegada dos europeus (...) essas terras imensas que formam nosso país tiveram sua própria história, construída ao longo de muitos séculos, de muitos milhares de anos. Uma história que a Arqueologia começou a desvendar apenas nos últimos anos.”
Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil. A arqueologia pré-histórica no Brasil. São Paulo: Atual, 2009 (15ª edição), p. 6

O texto acima afirma que
a) o Brasil existe há milênios, embora só tenham surgido civilizações evoluídas em seu território após a chegada dos europeus.   
b) a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes da chegada dos europeus e conta com a contribuição de muitos povos que aqui viveram.   
c) as terras que pertencem atualmente ao Brasil são excessivamente grandes, o que torna impossível estudar sua história ao longo dos tempos.   
d) a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pesquisar o passado colonial brasileiro e seu vínculo com a Europa.   
e) os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada dos europeus, foram dizimados pelos conquistadores portugueses.   
  
12. Observe atentamente a imagem, os vários elementos que a compõem e a forma de composição.




A obra Lienzo de Tlaxcala, pintada entre 1550 e 1564, possui a medida de 7 por 2,5 metros, sendo dividida em 87 quadros e ilustra e exalta a colaboração tlaxcalteca à invasão espanhola. Expressa, portanto, a versão tlaxcalteca dos acontecimentos. Tlaxcala era um Estado poderoso, situado entre as terras quentes do golfo e o vale do México, que decidiu apoiar as expedições de Cortés, depois de tê-la combatido.

Sobre a obra Lienzo de Tlaxcala, é correto afirmar que:
a) pertence tanto à tradição autóctone – ausência de perspectiva, representação dos índios de perfil – quanto adota elementos do estilo ocidental – marcas de ferraduras que sinalizam os deslocamentos dos cavaleiros espanhóis, título que serve como legenda.   
b) evidencia a autenticidade da arte tlaxcalteca frente à ofensiva espanhola, mantendo a percepção e linguagem autóctone intactas, uma vez que o Ocidente não está representado na imagem.   
c) evidencia o baixo grau de desenvolvimento da arte nas sociedades pré-colombianas se comparada à arte europeia, que conhecia a perspectiva em profundidade e técnicas bem mais avançadas de representação da vida nas obras dos artistas do Renascimento.   
d) ilustra a imagem dos tlaxcaltecas como vencidos pelo domínio espanhol, a adoção de uma posição de subordinação humilhante, e a legitimação da sua traição à resistência dos povos indígenas contra o domínio espanhol no Novo Mundo.   
  
13.   Observe o mapa.



A região que aparece no mapa corresponde ao território que os Incas dominaram por alguns séculos antes da chegada dos espanhóis ao continente americano. Esse povo ficou conhecido por saber aproveitar todos os recursos naturais, inclusive de áreas distantes ou de condições climáticas não muito favoráveis à agricultura.
A forma como esse povo conseguiu lidar com a natureza, extraindo dela os recursos naturais necessários ao seu abastecimento está relacionada com 
a) o uso de avançados instrumentos de ferro na agricultura e de animais de tração para auxiliar nas atividades de plantio e colheita.   
b) o conhecimento dos mais variados pisos ecológicos, onde podiam caçar, pescar e coletar pequenos frutos silvestres, visto que desconheciam a agricultura.   
c) a sabedoria xamânica sobre astronomia, técnicas hidráulicas e fertilização química de solos, que lhes permitia alcançar grande produção agrícola.   
d) o domínio de irrigação, conhecimento dos solos e da hibridização de sementes e técnica de construção de degraus para plantio nas encostas da Cordilheira dos Andes.   
e) a perfeita relação do homem com a natureza, que permitia a produção abundante de alimentos sem grande participação de mão de obra humana.   
  
14.   "(...) a religião desempenhava papel central nas relações entre o Estado e a sociedade. A guerra era sagrada, pois através dela se obtinham escravos para o sacrifício humano, elemento central na ligação entre a comunidade e o Estado.
(...) reinavam sobre um império aberto a dois oceanos
(...) Em 1519 (...), com cerca de 5 milhões de habitantes, era a maior concentração urbana do mundo".

(Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, Oficina de História - História integrada)

O texto apresenta características dos:
a) tupis.   
b) incas.   
c) maias.    
d) mexicas.   
e) araucanos.   
  
15.   Em 1533, ao descobrir a cidade de Cuzco, os espanhóis ficaram impressionados com o plano harmonioso de suas dimensões. O edifício mais notável da cidade era o Templo do Sol, o que revela a importância do culto solar, tanto que o Imperador Inca
a) ao ser investido no cargo era transformado em "filho do Sol", constituindo-se em mediador privilegiado nas relações deste mundo com o sobrenatural.   
b) assumia o controle de todas as cerimônias religiosas, visto que o imperador era considerado da linhagem dinástica de Manko Kapaq.   
c) desposava uma irmã, o que o envolvia cada vez mais com os laços familiares, tornando o incesto uma instituição necessária à manutenção da dinastia de Kapaq.   
d) era apresentado como "órfão e pobre", embora reconhecesse o grupo de parentesco como condição necessária para que fosse reconhecido como "filho do Sol" e tivesse o direito de morar no Templo do Sol.   
e) estabelecia alianças com outras dinastias Incas, com o propósito de fortalecer o mito de Manko Kapaq e garantir a perpetuação de uma linhagem, ao mesmo tempo, divina e terrena.   

16. Leia com atenção.

"Há países com mais de 60% da população constituída por índios, como Bolívia e Guatemala. E há um país como México, que está ao redor de 12%. Dependendo das condições, não há sentido pleitear essa autonomia [de estados indígenas na América], especialmente se ela ficar submetida a governos que não estão interessados em repassar recursos para o desenvolvimento dessas populações. Há setores do zapatismo e do movimento indígena boliviano que de fato pleiteiam a autonomia, mas ao mesmo tempo estão buscando integrar-se. É importante diferenciar movimentos que buscam maior inserção dos indígenas no mundo globalizado, de movimentos extremados, fundamentalistas, que querem a autonomia a qualquer preço, mesmo que ela venha isolar ainda mais os indígenas."
(Nestor García Canclini, em entrevista a O Estado de São Paulo, 2 de julho de 2007, in http://txt.estado.com.br/suplementos/ ali/2006/07/02/ali-1.93.19.20060702.4.1.xml)

Os indígenas da América
a)  viviam pacificamente no interior dos grandes impérios pré-colombianos (Inca, Maia e Astec até a chegada dos europeus, que destruíram as comunidades indígenas e dizimaram milhões de pessoas.   
b)  atravessaram conflitos em todos os períodos conhecidos de sua história, das lutas contra a dominação dos grandes impérios pré-colombianos à resistência frente aos europeus conquistadores e aos estados independentes.   
c)  conseguiram autonomia política após as independências nacionais, pois as repúblicas hispano-americanas permitiram o retorno à vida comunitária, suprimiram os tributos e o trabalho forçado.   
d)  mantiveram-se livres na área de colonização portuguesa, mas foram escravizados nas regiões de colonização espanhola e inglesa, tornando-se a principal mão de obra na agricultura e mineração.   
e)  unificaram-se atualmente em amplos movimentos de libertação que visam recuperar as formas de vida e de trabalho do período pré-colombiano e restaurar a autonomia das antigas comunidades.   
  
17. Observe o mapa com atenção.



De acordo com o mapa, os povos que viviam nas regiões identificadas pelas letras "A", "B" e "C", são, respectivamente,
a) astecas, incas e maias.   
b) incas, maias e astecas.   
c) astecas, maias e incas.   
d) maias, astecas e incas.   
e) maias, incas e astecas.   
  
18. Leia com atenção.

...as casas se erguiam separadas umas das outras, comunicando-se somente por pequenas pontes elevadiças e por canoas... O burburinho e o ruído do mercado (...) podia ser ouvido até quase uma légua de distância... Os artigos consistiam em ouro, prata, joias, plumas, mantas, chocolate, peles curtidas ou não, sandálias e outras manufaturas de raízes e fibras de juta, grande número de escravos homens e mulheres, muitos dos quais estavam atados pelo pescoço, com gargalheiras, a longos paus... Vegetais, frutas, comida preparada, sal, pão, mel e massas doces, feitas de várias maneiras, eram também lá vendidas... Os mercadores que negociavam em ouro possuíam o metal em grão, tal como vinha das minas, em tubos transparentes, de forma que ele podia ser calculado, e o ouro valia tantas mantas, ou tantos xiquipils de cacau, de acordo com o tamanho dos tubos. Toda a praça estava cercada por piazzas sob as quais grandes quantidades de grãos eram estocadas e onde estavam, também, as lojas para as diferentes espécies de bens.

Este texto foi escrito pelo cronista espanhol Bernal Diaz Del Castilho em 1519, sobre a cidade asteca de Tenochtitlán. A partir dele, é correto afirmar que, na época, os astecas
a) estavam organizados a partir de uma economia doméstica, coletora e caçadora.   
b) tinham uma economia comercial e de acumulação de metais preciosos (ouro) pelo Estado.   
c) tinham uma economia monetária que estimulava o desenvolvimento urbano e comercial.   
d) estavam organizados em duas classes sociais: os grandes proprietários de terra e os escravos.   
e) desenvolviam trabalhos no campo e nas cidades, associando agricultura, artesanato e comércio.   
  
19. Leia com atenção.

"Quando as embarcações de Colombo aportaram na América, de fato não a 'descobriram', pois muita gente já vivia em nosso continente. O que de fato ocorreu foi a integração da América ao continente europeu, ou, mais exatamente, à sociedade mercantil.
Há quem pense que essa integração foi um favor que os europeus 'civilizados' prestaram aos indígenas 'bárbaros'. Isto não é verdade. As sociedades nativas eram socialmente muito complexas e desenvolvidas e sua incorporação teve custos humanos imensos, graças a massacres cruéis perpetrados pelos cristãos 'civilizados' da Europa."
(PINSKY, J. et al. "História da América através de textos". São Paulo: Contexto, 1991, p. 11)

Acerca das "Altas Culturas" pré-colombianas, NÃO é correto afirmar que
a) os maias e os astecas situavam-se na região denominada Meso-América (México e América Central), ao passo que os incas ocupavam a Zona Andina.   
b) a economia era basicamente agrária, com destaque para a produção do milho, e se utilizavam técnicas elaboradas de irrigação, a exemplo dos chinampas astecas e dos canais incas.   
c) a utilização da escrita pelos governantes representou um notável impulso à centralização do poder, como comprovam as listas reais incaicas, grafadas no dialeto andino "quipu", e os tratados políticos maias e astecas.   
d) a estrutura social era de tipo classista, com a existência de uma elite composta por militares, sacerdotes e altos funcionários, que tributava as comunidades aldeãs, sob a forma de trabalho compulsório ou de produtos.   
e) a política e a religião se encontravam intimamente unidas, razão pela qual a monarquia se revestia de um caráter sagrado, a exemplo da eleição do Tlatoani asteca, realizada sob inspiração divina, e do título de Filho do Sol, atribuído ao soberano inca.   
  
20. Em 2001, Alejandro Toledo tornou-se o primeiro peruano com ascendência indígena a assumir a presidência da república de seu país. A cerimônia de posse, em Machu Picchu, foi marcada por rituais e símbolos do império incaico.
A respeito dos incas, é CORRETO afirmar:
a) Eram monoteístas antes da chegada dos espanhóis à América e chegaram a associá-los ao seu deus Viracocha.   
b) Na sociedade incaica, havia uma clara separação entre política e religião, de tal modo que a seu governante, o Inca, não era atribuído nenhum caráter divino.   
c) Cuzco, além do principal núcleo político do império fundado em torno do século XII, era considerado pelos incas o Centro do Mundo, o lugar mais sagrado da Terra.   
d) A metalurgia para a produção de armas, adornos e ferramentas era base econômica do império.   
e) Ao contrário do tratamento dispensado a outros povos da América, não tiveram suas estruturas político-sociais profundamente alteradas e puderam preservar suas tradições religiosas até os dias de hoje.   
 
Gabarito:  

Questão 1: [A]

Questão 2:  [B]

Questão 3:  [B]

Questão 4:  [A]

Questão 5:  [D]

Questão 6:  [B]

Questão 7:  [D]

Questão 8:  [E]

Questão 9:  [A]

Questão 10:  [B]

Questão 11: [B]

Questão 12: [A]

Questão 13: [D]

Questão 14:  [D]  

Questão 15: [A]  

Questão 16: [B]  

Questão 17: [C]  

Questão 18: [E]  

Questão 19: [C]  

Questão 20: [C]