Olá Galera!!!!Segue uma bateria de questões sobre Brasil Império e o objetivo desta lista, além de testar seus conhecimentos sobre o assunto, é treinar as habilidades que mais são exigidas nas provas aplicada no ENEM.Chega de papo e mãos a obra!!!
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1.
O texto
a seguir é um fragmento de decreto de D. Pedro I, de 1823, em que o imperador
dissolve a Assembleia Constituinte.
Havendo
Eu convocado, como Tinha Direito de convocar, a Assemblea Geral, Constituinte e
Legislativa, [...] e havendo esta Assemblea perjurado ao tão solemne juramento,
que prestou á Nação [...]: Hei por bem, como Imperador, e Defensor Perpetuo do
Brasil, dissolver a mesma Assemblea, e convocar já huma outra na forma das
Instruções, feitas para a convocação desta, que agora acaba; a qual deverá
trabalhar sobre o Projecto de Constituição, que Eu Hei-de em breve Apresentar;
que será duplicadamente mais liberal, do que a extincta Assemblea acabou de
fazer.
D.
PEDRO I. Decreto de dissolução da Assembleia Nacional Constituinte, em 12 nov.
1823
apud PEREIRA, V. “A longa ‘noite da agonia’”. Revista de História da
Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: SABIN, ano 7, n. 76, jan. 2012,
p. 42.
Com
base na justificativa do ato político explicitado no texto do decreto, e
analisando as suas consequências, identifica-se um antagonismo entre:
a) Monarquia
e República
b) Capitalismo
e Socialismo
c) Imperialismo
e Independência
d) Absolutismo
e Liberalismo
e) Nacionalismo
e antilusitanismo
2.
Vossa majestade verá que fiz de minha parte tudo
quanto podia e, por mim, no dito tratado, está feita a paz. É impossível que
vossa majestade, havendo alcançado suas reais pretensões negue ratificar um
tratado que lhe felicita seus reinos, abrindo-lhe os portos ao comércio
estagnado, e que vai pôr em paz tanto a nação portuguesa, de que vossa
majestade é tão digno rei, como a brasileira, de que tenho a ventura de ser
imperador.
Paulo
Rezzuti. D. Pedro: a história não
contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos.
O
fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI, versando sobre o tratado
por meio do qual Portugal reconhecia a independência do Brasil, mediante:
a) a
renovação dos tratados comerciais de 1810;
b) a
concessão aos portugueses da Ilha de Trindade;
c) a
assinatura de um acordo de reciprocidade;
d) o
compromisso assumido pelo Brasil de cessar o tráfico negreiro;
e) o
pagamento pelo Brasil de uma indenização de 2 milhões de libras.
3) “A
unidade básica de resistência no sistema escravista, seu aspecto típico, foram
as fugas. (...) Fugas individuais ocorrem em reação a maus tratos físicos ou
morais, concretizados ou prometidos, por senhores ou prepostos mais violentos.
Mas outras arbitrariedades, além da chibata, precisam ser computadas. Muitas
fugas tinham por objetivo refazer laços afetivos rompidos pela venda de pais,
esposas e filhos. (...) No Brasil, a condenação [da escravidão] só ganharia
força na segunda metade do século, quando o país independente, fortemente
penetrado por ideias e práticas liberais, se integra ao mercado internacional
capitalista. (...) “Tirar cipó” – isto é, fugir para o mato – continuou durante
muito tempo como sinônimo de evadir-se, como aparece no romance A carne,
de Júlio Ribeiro. Mas as fugas, como tendência, não se dirigem mais
simplesmente para fora, como antes; se voltam para dentro, isto é, para o
interior da própria sociedade escravista, onde encontram, finalmente, a
dimensão política de luta pela transformação do sistema. “O não quero dos
cativos”, nesse momento, desempenha papel decisivo na liquidação do sistema,
conforme analisou o abolicionista Rui Barbosa”.
REIS,
João José. SILVA, Eduardo. Negociação e
conflito: a resistência negra no
Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 62-66-71.
De
acordo com os autores do texto, João José Reis e Eduardo Silva, assinale a
alternativa incorreta.
a) As
fugas de escravos entre os séculos XVI e XIX tiveram motivações diversas, entre
elas o tráfico interprovincial.
b) Durante
o século XIX, a luta dos escravos pela liberdade não se dava somente pela fuga
coletiva para a formação de quilombos.
c) As
cidades, no século XIX, tornaram-se espaços significativos para as lutas pela
abolição.
d) Os
escravos foram agentes da história, e não apenas força de trabalho.
e) A
naturalização do sistema escravista se manteve estável durante o período
colonial e o imperial.
4.
“Na sua condição de propriedade, o escravo é uma
coisa, um bem objetivo. (...) Daí ter sido usual a prática de marcar o escravo
com ferro em brasa como se ferra o gado. Os negros eram marcados já na África,
antes do embarque, e o mesmo se fazia no Brasil, até no final da escravidão.
(...) Seu comportamento e sua consciência teriam de transcender a condição de
coisa possuída no relacionamento com o senhor e com os homens livres em geral.
E transcendiam, antes de tudo, pelo ato criminoso. O primeiro ato humano do
escravo é o crime, desde o atentado contra o senhor à fuga do cativeiro. Em
contrapartida, ao reconhecer a responsabilidade penal dos escravos, a sociedade
escravista os reconhecia como homens: além de incluí-los no direito das coisas,
submetia-os à legislação penal.”
Jacob
Gorender. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1992, p. 62-63.
O
texto indica
a) a
ambiguidade no reconhecimento, pela sociedade colonial e imperial brasileira,
da condição dos africanos escravizados, que se manifestava sobretudo diante de
algumas formas de resistência à exploração.
b) a
precocidade da legislação brasileira contra crimes hediondos e contra o
desrespeito, pelos africanos escravizados, às obrigações e deveres de todo
trabalhador rural.
c) o
reconhecimento, pelos governantes brasileiros na colônia e no império, da
necessidade de mediar e controlar as relações dos proprietários rurais com o
amplo contingente de africanos escravizados.
d) o
descumprimento, pelos senhores de escravos no Brasil colonial e imperial, das
leis que regulavam o trabalho compulsório e que impediam a aplicação da pena de
morte aos africanos escravizados.
5.
Mesmo
antes da ruptura da colônia brasileira com a metrópole portuguesa em 1822, José
Bonifácio de Andrada e Silva já admitia que seria muito difícil:
[...]
a liga de tanto metal heterogêneo, como brancos, mulatos, pretos livres e escravos,
índios, etc., em um corpo sólido e político.
SILVA,
Ana Rosa Cloclet da. Construção da nação e escravidão no pensamento de José
Bonifácio: 1783-1823. Campinas, SP: Ed. da Unicamp,1999. p. 178.
Na
presente fala do “Patriarca da Independência” em relação à sociedade
brasileira, é importante observar que existe uma preocupação de ordem social na
construção da Nação brasileira. Bonifácio considerava que a
a) heterogeneidade
dos habitantes do Brasil, marcada pela presença de negros e índios, revelava-se
um problema para a construção de um projeto nacional com a edificação de um
Império do Brasil mais civilizado.
b) presença
de gente de tantas cores e condições poderia atrapalhar a convivência
harmoniosa entre os habitantes da futura Nação, sobretudo porque os índios eram
muito belicosos e os negros não se adaptariam à liberdade.
c) presença
de negros na sociedade brasileira decorrente do escravismo colonial atrapalhava
a construção da Nação por não servir à sustentabilidade da economia agroexportadora
e monocultora do café.
d) mistura
de raças não era recomendável para uma colônia que queria se tornar uma
monarquia constitucional reconhecida por todos os países europeus,
principalmente pelos anglo-saxões, que eram abolicionistas.
e) grande
dificuldade seria colocar em prática o processo de catequização dos índios e de
civilização aos negros africanos, sobretudo porque esses grupos eram
considerados pelos homens brancos como incapazes de sair da barbárie.
6. O viajante francês Jean-Baptiste
Debret registrou, no início do século XIX, uma atividade de trabalho no Brasil,
conforme pode-se ver na imagem.
A imagem mostra
a) trabalhadores
livres operando um equipamento de forja movido a energia elétrica, nos
primeiros tempos da industrialização brasileira.
b) pessoas
escravizadas trabalhando na moagem da cana de açúcar, em um equipamento movido
pela força humana.
c) pessoas
manejando um maquinário de tecelagem, atividade que se desenvolveu no início do
período monárquico.
d) o
interior de uma fábrica de móveis, onde se encontram equipamentos relacionados
à marcenaria.
e) a
produção de farinha por meio de um instrumento rudimentar movido pela energia
hidráulica.
7.
Observe o quadro.
A
partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império,
é possível classificar o voto, naquele período, como
a) censitário,
amplo, indireto e irrestrito.
b) universal,
masculino, direto e representativo.
c) censitário,
masculino, indireto e em dois graus.
d) universal,
apartidário, direto e em quatro graus.
8.
Rio de
Janeiro, 1831. Com cerca de 150 mil habitantes, a
capital do Império era um grande caldeirão político e social em ebulição. A
chamada Revolução de 7 de abril forçara a abdicação do primeiro imperador e
instituíra uma regência trina para governar a nação até a maioridade de Pedro
II.
BASILE,
Marcello. “Revolta e cidadania na corte regencial”.
No
contexto apontado, a arena política brasileira encontrava-se dividida entre
três grupos, que disputavam o poder e os cargos públicos com interesses
bastante distintos. Eram eles, respectivamente:
a) unitaristas,
maragatos e jacobinos.
b) liberais,
militares e conservadores.
c) socialistas,
federalistas e anarquistas.
d) liberais
moderados, liberais exaltados e caramurus.
e) comerciantes,
proprietários de escravos e militares.
9.
O
escritor José de Alencar relata como ocorriam as reuniões do Clube da
Maioridade, realizadas na casa de seu pai em 1840. Discutia-se nessas ocasiões
a antecipação da maioridade do imperador D. Pedro II, então com apenas 14 anos,
para que ele pudesse assumir o trono antes do tempo determinado pela
Constituição. No fim da vida, José de Alencar rememora os episódios de sua
infância e chega a uma surpreendente conclusão: os políticos que frequentavam
sua casa na ocasião iam lá não porque estavam pensando no futuro do país, mas
apenas para devorar tabletes e bombons de chocolate. Conforme o relato do
escritor, os membros do Clube da Maioridade, discutindo altos assuntos na sala
de sua casa, pareciam realmente gente séria e preocupada com os destinos do
Brasil, até que chegava a hora do chocolate.
Para
Alencar, a discussão política no Brasil se resumia a um “devorar de chocolate”,
isto é, cada um defendia apenas seus interesses particulares e nada mais.
Adaptado
de Daniel Pinha Silva, “O império do chocolate”, em
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/leituras/o-imperio-do-chocolate. Acessado
em: 01/08/2016.
Sobre
o Golpe da Maioridade e a visão de José de Alencar a esse respeito, é correto
afirmar que:
a) O
golpe foi uma manobra das elites políticas, que criaram uma forma de alterar a
Constituição e contemplar os seus interesses durante o período regencial, fato
criticado por Alencar ao fazer uma anedota com o chocolate.
b) Ao
entregar o poder a um jovem de 14 anos, alegando ser maior de 18, os políticos
do Império manifestavam uma ousada visão política para evitar a influência da
Inglaterra nos assuntos brasileiros, preservando seus interesses como donos de
escravos.
c) O
golpe foi uma resposta dos conservadores às propostas liberais que pretendiam
estabelecer a República no país, e Alencar apontou uma prática política dos
parlamentares que é recorrente na história do país.
d) José
de Alencar expressou sua decepção com os políticos e, ao registrar sua visão
sobre o Clube da Maioridade, o escritor contribuiu para inibir procedimentos
semelhantes durante o Império, assegurando uma transição pacífica e legal para
a República, em 1889.
10. Observe a charge.
A
precisão das posições políticas dos Exaltados, Moderados e Restauradores,
registradas na charge, se opõe
a) às
semelhanças políticas demonstradas pelos grupos comunistas e integralistas que
atuaram no Brasil durante toda a República Velha.
b) à
campanha abolicionista, que concentrava a propaganda do Partido Republicano,
desde o início do Brasil monárquico.
c) ao
unipartidarismo vigente durante a ditadura militar no Brasil, que reconhecia
apenas a ARENA, como partido legítimo.
d) à
indefinição política e ideológica de grande parte dos partidos registrados no
STE, que atuam na política brasileira, no momento atual.
e) ao
pluripartidarismo que marcou a vida política no Brasil monárquico do Segundo
Reinado.
11.
Observe
a charge a seguir:
É correto afirmar que a charge acima faz referência
a) à
Constituição de 1824, na qual destacamos, entre outros aspectos, a criação do
Poder Moderador de uso exclusivo do imperador que também era chefe do
Legislativo e do Judiciário.
b) ao
período das Regências, mais precisamente a Regência Una do Padre Diogo Feijó a
qual se caracterizou por ser de orientação mais liberal e descentralizadora.
c) ao
início do Segundo Reinado, quando D. Pedro II sobe ao poder, a partir de um
arranjo político entre Liberais e Conservadores que ficou conhecido como Golpe
da Maioridade.
d) ao
período das Regências, destacando-se o momento da implantação da Regência Una
que substitui a Regência Trina Provisória de 1831, tendo a frente o Padre Diogo
Feijó.
e) à
convocação da Assembleia Constituinte de 1823, a qual foi dissolvida pelos
Conservadores no que ficou conhecido como noite da agonia, por se tentar
limitar os poderes do imperador.
12. Leia o texto e analise a
tabela para responder à questão.
O Brasil foi um dos
principais destinos dos navios chamados de tumbeiros, que transportavam
centenas de africanos durante a existência do regime escravista. Entre os
séculos XVI e XIX, estima-se que ao menos 5,5 milhões de africanos tenham sido
embarcados para o Brasil, o que representa cerca da metade do total das pessoas
capturadas na África para a escravidão nesse período. Desses africanos,
calcula-se que 3,6 milhões eram procedentes da África Centro-Ocidental e do
Sudeste Africano – regiões do grande grupo etnolinguístico banto – que
compartilham elementos culturais, sociais, tecnológicos semelhantes entre si.
De acordo com os dados da
tabela, sobre o transporte de africanos para o Brasil, é correto concluir que
a) mais
de 2 milhões de africanos embarcaram entre 1601 e 1800.
b) a
Amazônia não recebeu africanos escravizados no século XVIII.
c) Bahia
e Pernambuco eram o destino da maior parte dessas pessoas.
d) o
maior número de africanos destinados ao Sudeste embarcou no século XIX.
e) a
região Sudeste sempre foi o destino da maior parte das pessoas que embarcaram.
13.
Nada de
excessos, a linha está traçada, é a da Constituição. “Tornar prática a
Constituição que existe no papel deve ser o esforço dos liberais” e “Queremos a Constituição - não a Revolução”.
Estas são palavras de um lutador histórico, Evaristo da Veiga, na sua Aurora
Fluminense, o mesmo homem que a historiografia da Regência costuma opor ao regressismo.
BOSI,
Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras,
1992. (Adaptado)
As
palavras de Evaristo da Veiga refletem as ideias dominantes entre os liberais
brasileiros, na primeira metade do século XIX, para os quais era preciso
a) difundir
os ideais favoráveis ao fim do sistema escravista.
b) possibilitar
o acesso à propriedade da terra aos homens livres.
c) defender
o cidadão proprietário no seu direito de eleger e ser eleito.
d) divulgar
os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade para todos.
e) respeitar
o direito de manifestação popular na defesa de seus interesses.
14.
Art. 3º
O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice
Aliança de 1º de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a
navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república
deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas,
livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de
nenhum modo a liberdade dessa navegação comum.
(“Acordo
Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com
o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.).
Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)
O
tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai
deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no
conflito:
a) o
domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais.
b) o
esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas.
c) a
garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país.
d) o
projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais.
e) o
monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância.
15.
Leia
atentamente o texto abaixo sobre a implantação do transporte ferroviário no
Brasil do século XIX.
No
século XIX, os caminhos de ferro simbolizavam o progresso material das nações.
O Mundo Ocidental conheceu um fenômeno denominado coqueluche ferroviária para
expressar a grande expansão das vias férreas, na época. (...) O Brasil
manifestou interesse pelas ferrovias ainda na primeira metade do século XIX,
quando esse sistema de transporte engatinhava nos países desenvolvidos. A
expansão da economia primário-exportadora demandava uma infraestrutura de
transporte eficiente que reduzisse os custos de ocupação das fronteiras. (...)
A precariedade dos transportes por tropas representava um ponto de
estrangulamento no processo de crescimento da produção agrária no país.
BORGES,
B.G. Ferrovia e modernidade. Revista UFG, Dez. 2011, Ano XIII n. 11, p.
28-29.
Acerca
desse contexto histórico, é CORRETO afirmar que:
a) grande
parte do financiamento para construção das estradas de ferro no Brasil vinha de
investimentos ingleses. Isto porque a Inglaterra era a principal potência
capitalista da época e lucrava com a exportação de bens de capital, isto é, de
equipamentos necessários para a produção de outros produtos ou serviços.
b) a
construção das estradas de ferro exigia um conhecimento técnico especializado
e, por isso, eram realizadas, exclusivamente, por operários imigrantes
europeus, contratados pelo Estado Imperial Brasileiro.
c) as
estradas de ferro contribuíram para a integração direta das áreas produtoras de
café, no interior, com os portos de exportação do produto, no litoral. Com
isso, houve menor necessidade de investimentos nas áreas urbanas, em cidades
situadas no percurso das ferrovias.
d) os
investimentos financeiros feitos pelos fazendeiros do café na construção de
estradas de ferro acabaram contribuindo para o seu endividamento e,
consequentemente, para o aumento do preço do produto e para a crise da
cafeicultura no Brasil.
e) houve
uma ampla integração entre as províncias produtoras de café e as províncias do
Norte do Brasil, grandes consumidoras deste produto, contribuindo para o
aumento do lucro dos cafeicultores.
16. Compare as duas ilustrações de Angelo Agostini
(1843-1910) sobre o reconhecimento da República brasileira pela Argentina
(fig.1) e pela França (fig.2).
Assinale a alternativa correta.
a) As
alegorias expressam visões diferentes sobre o imaginário da República
brasileira: na primeira ela é representada com um olhar de proximidade, e, na
segunda o olhar expressa admiração, remetendo à visão corrente do gravurista
sobre as relações entre Brasil, França e Argentina.
b) O
reconhecimento da França traz a confraternização entre dois países com
tradições políticas muito diferentes, porém unidos pelo constitucionalismo
monárquico e posteriormente pelo ideário republicano.
c) No
reconhecimento da Argentina ao regime republicano brasileiro, as duas
repúblicas ocupam a mesma posição, indicando ter a mesma idade de fundação do
regime e a similaridade de suas histórias de passado colonial ibérico.
d) As
duas imagens usam a figura feminina para representar as três repúblicas,
característica não usual para a representação artística do ideário republicano,
protagonizado por lideranças masculinas.
17.
Tratava-se de um parlamentarismo sem povo. Os
partidos, criados pelas camadas economicamente dominantes, sem ideários muito
nítidos, coagiam e manipulavam um eleitorado ínfimo, sem traduzir-lhes os
interesses concretos. O caráter oligárquico definia tais partidos. Mais que
isso, esta definição provinha de uma oligarquia enriquecida pelo oficialismo,
em que só o controle do poder suscitava às maiorias vindas, do nada,
levando-as a recear participação popular.
A
leitura do texto e o conhecimento do sistema político brasileiro do Segundo
Reinado permitem afirmar que:
a) o
poder moderador conduzia o processo, as maiorias eram forjadas e o poder legislativo
era subordinado ao poder executivo;
b) havia
um pluripartidarismo que expressava uma rica diversidade de ideários;
c) era
expressiva a participação popular nos partidos, fato que era estimulado pelo sufrágio
universal;
d) o
parlamentarismo adotado no Brasil concentrou a autoridade no poder
legislativo;
e) em
função do bipartidarismo e das diversidades ideológicas, um partido defendia
os interesses da aristocracia rural, enquanto o outro apoiava os setores
urbanos populares e os camponeses.
18. É interessante notar como, em Machado de Assis, se
aliavam e se irmanavam a superioridade de espírito, a maior liberdade interior
e um marcado convencionalismo. Dois termos que se repelem, pensador e
burocrata, são os que melhor o exprimem. Entre Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba,
a vida nacional passara pelas profundas modificações da Abolição e da República.
−
Que pensa de tudo isso Machado de
Assis? indagava Eça de Queirós.
À queda da Monarquia, disse Machado no seu gabinete
de burocrata, diante da conveniência de tirar da parede o retrato do imperador:
−
Entrou aqui por uma portaria, só sairá
por outra portaria.
Era o que tinha a dizer aos republicanos, atônitos
com esse acatamento ao ato de um regime findo.
Adaptado
de: PEREIRA, Lúcia Miguel. Machado de Assis. 6. ed. rev.,
Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1988, p. 208
De
acordo com o texto, na segunda metade do século XIX, ocorreram profundas transformações
econômicas e sociais no Brasil.
Sobre
este tema é correto afirmar que
a) o
abolicionismo, a imigração e o processo de transformações proporcionadas pela
cafeicultura, num contexto mundial de expansão capitalista, selaram a sorte da
escravidão.
b) a
abolição alterou profundamente as formas de produção agrícola, uma vez que
possibilitou o estabelecimento das bases do trabalho livre e assalariado em
todo o país.
c) os
movimentos abolicionistas receberam apoio da Igreja Católica, em especial dos
padres templários, e foram idealizados por homens livres, desvinculados de
tradições locais.
d) a
incipiente industrialização, a exigência de indenização pelos proprietários e a
ineficiente política brasileira de substituição da mão de obra retardaram o fim
da escravidão.
e) a
abolição progressiva da escravidão e o movimento republicano contribuíram para
a instalação da indústria de bens de consumo e para a urbanização da região
Sudeste.
19.
Neste
país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes
delegados, responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder
ativo onímodo, onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é
justamente o poder sagrado, inviolável e irresponsável.
(Trecho do Manifesto Republicano,
publicado no Jornal A República, do
Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
A
crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:
a) ao despototismo
de D. Pedro II, no desrespeito à Constituição Imperial.
b) aos
amplos e ilimitados poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.
c) à
irresponsabilidade de D. Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças
públicas.
d) ao
estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus
assessores.
e) aos
prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a
Inglaterra.
20.
O texto
abaixo se refere à construção da identidade nacional no Brasil no
decorrer do século XIX, sobretudo a partir do Segundo Reinado.
Leia
o trecho e, em seguida, responda à questão:
“Por
oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar
uma origem mítica e unificadora. (...). A natureza brasileira também cumpriu
função paralela. Se não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou
batalhas heroicas para lembrar, possuíamos o maior dos rios, a mais bela
vegetação. (...). Por mais que tenha partido de d. Pedro I e de Bonifácio a tentativa
de elaborar (...) uma ritualística local, foi com d. Pedro II e seu longo
reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto
romântico de representação política do Estado”
(SCHWARCZ,
Lilia. As Barbas do Imperador, p.140);
Com
base no trecho acima e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a
identidade nacional no século XIX foi construída:
a) Tendo
como base as referências europeias existentes nas províncias que formavam o
Brasil antes da Independência do país.
b) A
partir de um processo de longa duração, que se valeu do uso de aspectos
naturais e de elementos simbólicos locais que pretendiam representar a Nação.
c) De
forma consensual e harmônica, considerando a heterogeneidade dos diferentes
povos que formavam o país.
d) Através
da valorização da herança africana e dos costumes da África, continente ao qual
o país estava diretamente ligado pelo Atlântico Sul.
e) Com
o objetivo de reproduzir no país recém-independente as mesmas características
existentes em Portugal.
21.
O
número de votantes potenciais em 1872 era de 1.097.698 o que correspondia a 10,8% da população total.
Esse número poderia chegar a 13% quando separamos os
escravos dos demais indivíduos. Em 1886, cinco anos depois de a Lei Saraiva ter
sido aprovada, o número de cidadãos que poderiam se qualificar eleitores era de 117.022 isto é, 0,8% da população.
CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores,
máquina política e eleições na Primeira
República. Disponível em:
www.ifch.unicamp.br. Acesso em:
28 jul. 2012.
A
explicação para a alteração envolvendo o número de eleitores no período é a
a) criação
da Justiça Eleitoral.
b) exigência
da alfabetização.
c) redução
da renda nacional.
d) exclusão
do voto feminino.
e) coibição
do voto de cabresto.
22. Em 1871 foi sancionada a
Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, que determinava que:
“Art.
1º - Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei
serão considerados de condição livre.
§
1º - Os ditos filhos menores ficarão em poder ou sob a autoridade dos senhores
de suas mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de
oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe,
terá opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos
serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso, o Governo
receberá o menor e lhe dará destino, em conformidade da presente lei.”
Disponível em:
<http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/lei_ventre_livre.htm>.
Acesso em: 15 set. 2015.
Considerando esse trecho,
pode-se afirmar que a Lei do Ventre Livre
a) emancipou
os filhos de escravas maiores de 21 anos, pondo fim ao tráfico atlântico.
b) impossibilitou
a utilização da mão de obra de filhos de escravas após completarem 8 anos de
idade.
c) isentou
o governo brasileiro das responsabilidades sobre os filhos de escravos
libertados nesse contexto.
d) representou
a libertação dos filhos de escravas nascidos no Brasil, mas, na prática, muitos
continuavam a servir aos proprietários de suas mães.
23. Observe a charge.
Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por
a) debates promovidos em espaços públicos, contando com
a presença da família real.
b) atividades intensas realizadas pelo Conde D’Eu, numa
tentativa de salvar o regime monárquico.
c) revoltas populares em escolas, com o intuito de
destituir o monarca do poder e coroar o seu genro.
d) críticas oriundas principalmente da imprensa,
colocando em dúvida a continuidade do regime político.
e) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas
pelo imperador, fazendo com que o Conde D’Eu assumisse o governo.
Considere esse texto para as questões 24 e 25.
Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.
(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)
24.
Considere
a imagem abaixo.
Com
base na observação da pintura e no conhecimento histórico, é correto afirmar
que o autor da tela
a) optou
pela construção de um ideal épico, liberal e humanitário da batalha e contrário
à política externa de D. Pedro II de controlar a Região do Prata.
b) procurou
enaltecer a capacidade produtiva da economia brasileira, exibindo um arsenal
naval e bélico utilizado na batalha Naval de Riachuelo, em 1865.
c) optou
pela construção de uma visão épica, heroica e romantizada da batalha e atendia
ao projeto de afirmação da nacionalidade orquestrado por D. Pedro II.
d) retratou
a cena de um episódio da Guerra do Paraguai e enfatizou o caráter devastador,
desumano e cruel do conflito, travado em 22 de setembro de 1866.
e) retratou
a saída dos soldados brasileiros do acampamento de Tuiuti, onde ocorreu uma das
batalhas da Guerra do Paraguai e a execução dos feridos.
25. Observe a imagem
Essa tela foi produzida
entre 1886 e 1888, momento de crise do Estado Imperial e de expansão do
republicanismo.
A imagem da independência
do Brasil nela representada enfatiza uma memória desse acontecimento político
entendido como:
a) ação
militar dos grupos populares
b) fundação
heroica do regime monárquico
c) libertação
patriótica pelos líderes brasileiros
d) luta
emancipadora face ao domínio estrangeiro
Gabarito:
Resposta da questão 1: [D]
Resposta da questão 2: [E]
Resposta da questão 3: [E]
Resposta da questão 4: [A]
Resposta da questão 5: [A]
Resposta da questão 6: [B]
Resposta da questão 7: [C]
Resposta da questão 8: [D]
Resposta da questão 9: [A]
Resposta da questão 10: [D]
Resposta da questão 11: [B]
Resposta da questão 12: [D]
Resposta da questão 13: [C]
Resposta da questão 14: [C]
Resposta da questão 15: [A]
Resposta da questão 16: [A]
Resposta da questão 17: [A]
Resposta da questão 18: [A]
Resposta da questão 19: [B]
Resposta da questão 20: [B]
Resposta da questão 21: [B]
Resposta da questão 22: [D]
Resposta da questão 23: [D]
Resposta da questão 24: [C]
Resposta da questão 25: [B]
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