Fala, Galera!!!
Essa nova lista de exercícios tem como tema o Período Joanino, a pedidos da aluna do CEDA - Cabo Frio/RJ Mariana Dornellas... aqui pediu ganha as questões do tema pedido.
OBS.:Estou bastante feliz, a fanpage @professorcassionunes no facebook chegou aos 500 seguidores!!!
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1.
Em
1808, a família real portuguesa, fugindo do cerco napoleônico, transferiu-se
para o Brasil que, de colônia, se tornou sede da monarquia e do vice-reino. Os
treze anos durante os quais a corte permaneceu no Rio de Janeiro tiveram grande
importância política e econômica e foram seguidos pela declaração de independência
do Brasil em 1822.
OLIVEN, Rubem George. “Cultura e modernidade no Brasil”.
Uma
das principais características socioeconômicas desse período foi a(o)
a)
diminuição do
fluxo de mercadorias.
b)
início do
ciclo econômico da borracha.
c)
abertura dos
portos ao comércio exterior.
d)
ampliação das
relações bilaterais com os EUA.
e)
elevação do
Brasil à condição de protetorado da Inglaterra.
2.
Em 2015
o Rio de Janeiro comemorou 450 anos de sua fundação. Ao longo dos séculos, a
cidade passou por uma série de mudanças e transformações que resultaram na
capital do estado que temos hoje.
Dentre
estas mudanças podemos citar:
a)
a ocupação
francesa no centro do Rio de Janeiro no século XVIII, inclusive a Ilha de
Villegagnon, sede da França Antártica.
b)
a destruição
das plantações de cana-de-açúcar pelos holandeses por conta da concorrência do açúcar
produzido nas Antilhas durante o século XVII.
c)
o surgimento
de ruas e o alargamento de algumas já existentes e a criação de instituições
por D. João VI a partir de 1808, como o Jardim Botânico e a Biblioteca Real.
d)
a Revolução do
Porto que em 1820 paralisou o porto principal do Rio de Janeiro por conta das altas
tarifas alfandegárias sobre os escravos.
3.
Leia o
texto a seguir:
“A
abertura dos portos às nações amigas, em 1808, permitiu que o Brasil fosse
invadido por artigos importados dos mais variados, principalmente de origem
inglesa. Os produtos ligados à indumentária e à beleza deram novo fôlego à
vaidade dos homens e mulheres de então. O período imperial no Brasil foi
marcado por modos e modas que acompanharam as grandes mudanças políticas,
econômicas e sociais. Roupas, acessórios, joias e penteados revelam como se
comportavam as pessoas, a sutileza de seus costumes e os códigos secretos da
vida em sociedade.
O
acesso aos itens de luxo, entretanto, não tornou os moradores das terras
brasileiras mais elegantes aos olhos dos viajantes estrangeiros.”
RASPANTI, Márcia Pinna. Que deselegantes.
A
partir da leitura do texto, é possível afirmar:
I. Com a
chegada da família real portuguesa ao Brasil, os brasileiros tiveram mais
acesso aos produtos ingleses.
II. As mudanças
ocorridas nos modos e na moda no contexto do período Imperial brasileiro foram
bastante sutis.
III. Roupas,
acessórios e joias são itens supérfluos que pouco informam sobre os costumes de
uma época.
IV. Os
viajantes estrangeiros que passaram pelo Brasil nesse período não registraram
informações relevantes sobre a vestimenta dos brasileiros.
Está(ão)
CORRETA(S):
a)
I e II,
apenas.
b)
II e III,
apenas.
c)
I, apenas.
d)
III e IV,
apenas.
e)
I, II e IV,
apenas.
4. Em 1 de abril de 1808,
durante a regência de D. João, o alvará de 1785 foi revogado, o que permitiu a
liberação e o estabelecimento de indústrias e manufaturas no Brasil. Apesar
disso, na prática, essa providência não alcançou seus objetivos de capacitar o
país para desenvolver suas indústrias, porque
a)
os acordos de
parceria estabelecidos entre o Brasil e a Inglaterra, para o incremento técnico
das manufaturas nacionais, foram cancelados por falta de interesse da elite
agrária do nosso país.
b)
D. João, apesar
de ter permitido a instalação de manufaturas no país, defendia a superioridade
dos produtos industrializados europeus perante os similares nacionais.
c)
faltava ainda,
a adoção de uma política de proteção alfandegária nacional, diante da
concorrência das mercadorias britânicas, além do nosso mercado consumidor
interno não ser muito amplo.
d)
novos acordos
comerciais foram assinados com potências europeias, o que ampliou os privilégios
dos comerciantes estrangeiros no nosso país, em detrimento dos interesses
nacionais.
e)
apesar de a
Inglaterra ter honrado os acordos comerciais e entregado máquinas e
equipamentos industriais, a nossa mão de obra escrava não tinha especialização
necessária para o trabalho na indústria.
5.
No ano
de 1808, a Corte portuguesa instalou-se no Brasil. A partir desse momento, um
processo de desenvolvimento científico-cultural ocorreu, com a fundação de
instituições, como Biblioteca Pública e Imprensa Régia. Também foram criados,
com o passar do tempo, diferentes cursos, como o da Academia Real Militar e da
Faculdade de Medicina.
Marque
a alternativa que demonstra o principal objetivo do governo ao instituir o
desenvolvimento desses cursos.
a)
Fortalecer o
sistema público da educação brasileira, existente desde a fundação das
primeiras vilas.
b)
Fortificar a
colônia contra os ataques das esquadras inglesas, formando quadros para o
exército.
c)
Desenvolver
novas tecnologias para a crescente indústria portuguesa.
d)
Controlar a
imprensa local através da censura.
e)
Formar
recursos humanos para atender às necessidades da Corte.
6.
Em
1808, a família real portuguesa chegou ao Brasil. Enquanto esteve na colônia,
uma série de transformações aconteceram. Sobre esse período, leia e analise as
afirmações abaixo:
I. Algumas
atividades antes proibidas passaram a ser liberadas na colônia, como a
tipografia.
II. Ainda que a
família real tenha se transferido para a colônia também em função da política
expansionista de Napoleão Bonaparte, artistas franceses foram convidados a
virem ao Brasil.
III. A família
real portuguesa foi transferida para o Brasil para resolver os problemas
causados pelo fim da Guerra do Paraguai.
IV. A abertura
dos portos às nações amigas beneficiou, em especial, a França e a Espanha,
parceiras econômicas de Portugal.
Assinale
a alternativa CORRETA.
a)
Apenas as
afirmações I e III são verdadeiras.
b)
Apenas as
afirmações I, II e IV são verdadeiras.
c)
Apenas as
afirmações I e II são verdadeiras.
d)
Apenas as
afirmações I, II, e III são verdadeiras.
e)
Todas as
afirmações são verdadeiras.
7. Em 1806, o Imperador
francês Napoleão Bonaparte anunciou o Bloqueio Continental à Inglaterra,
estabelecendo que nenhum país europeu poderia comercializar com os ingleses. O
rei de Portugal, pressionado pela onda liberal da Revolução Francesa e apoiado
pela Inglaterra, fugiu para a colônia portuguesa, na América, para esperar a
situação se normalizar.
Com relação à presença da
Família Real portuguesa no Brasil é CORRETO
afirmar que:
a)
A Revolução
Farroupilha, ocorrida no sul do Brasil, tinha como principal objetivo expulsar
a Corte portuguesa e proclamar a independência da colônia americana.
b)
Salvador foi
elevada à condição de capital do Reino Unido de Portugal e Algarves,
tornando-se o maior centro político, econômico e cultural da colônia.
c)
A presença da
Corte portuguesa no Brasil, exercendo um governo absolutista e conservador,
contribuiu para retardar a Independência do Brasil, pois as melhorias
administrativas e econômicas deixaram a elite liberal brasileira satisfeita.
d)
Chegando ao
Brasil, D. João VI tratou logo de cumprir o prometido aos ingleses e decretou a
abertura dos portos, em 1808, para as nações amigas comercializarem diretamente
com a colônia.
e)
Em 1821, os
franceses foram expulsos de Portugal e D. João VI foi chamado para assumir o trono
português, mas ele preferiu ficar no Brasil. Esse fato ficou conhecido como
“Dia do Fico”.
8. A transferência da corte
trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole.
Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o
Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de
1808.
NOVAIS,
F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História
da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os
fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América
portuguesa por terem
a)
incentivado o clamor popular por liberdade.
b)
enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c)
motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d)
obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e)
provocado os movimentos separatistas das províncias.
9. ... é comumente, datado a
partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. A verdade
dessa proposição reside, em especial, na montagem pelo Príncipe, e depois Rei,
João VI, de um aparelho governativo no Brasil. Tal criação dá-se, por um lado,
através da transferência de órgãos portugueses e, de outro, com o surgimento,
no Rio de Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, com bibliotecas, um
jornal, instituições de fomento. Ao mesmo tempo, são substituídos os institutos
de caráter colonial, como os monopólios e as restrições industriais e
comerciais. Por fim, todo o processo é coroado pela assinatura de dois tratados
com a Inglaterra, um de Aliança e Amizade e outro de Comércio e Navegação, em
1810.
(Monteiro, Hamilton de
Mattos. In: Linhares, Maria Yedda. História
Geral do Brasil. 14ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 129.)
O trecho anterior se refere
ao processo de
a)
abolição da
escravidão.
b)
independência
do Brasil.
c)
descolonização
da região Sul do país.
d)
desenvolvimento
industrial no Brasil.
10. No texto “O Império
enfermo”, Cláudio Bertolli Filho afirma:
A vinda da Corte portuguesa
para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial,
inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e
principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das
ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou oferecer uma imagem nova de
uma região que os europeus definiam como território da barbárie e da
escravidão.
Fonte: BERTOLLI FILHO,
Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática,
2001. p. 8.
As ocorrências mencionadas
estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como
antecedentes, seja como consequentes, os seguintes processos:
I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela
hegemonia comercial na Europa e no mundo.
II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos
revolucionários burgueses para a Europa.
III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o
decreto do Bloqueio Continental com as repercussões para a Espanha e Portugal e
seus domínios ultramarinos.
IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas
Américas e a implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra,
França, Espanha e Portugal.
Estão corretas
a)
apenas I e II.
b)
apenas I e IV.
c)
apenas II e
III.
d)
apenas III e
IV.
e)
I, II, III e
IV.
11. Leia o texto a seguir.
“[...] Todas as pessoas de
qualquer qualidade e condição, que sejam, que fizerem armar e preparar Navios
para o Resgate e Compra de Escravos em qualquer dos portos da Costa d'África
situados ao Norte do Equador, incorrerão na pena de perdimento dos Escravos, os
quais imediatamente ficarão libertos, para terem o destino abaixo declarado: E
lhe serão confiscados os Navios empregados nesse tráfico com todos os seus
aparelhos e pertences, e justamente a Carga, qualquer seja, que a seu bordo
estiver por conta dos donos e fretadores dos mesmos Navios, ou dos carregadores
de Escravos. E os oficiais dos Navios (...) e sobre a Carga, serão degradados
por cinco anos para Moçambique, e cada um pagará uma multa [...]”.
Alvará Régio. “Rio de
Janeiro, 26 de Janeiro de 1818”. SCHWARCZ, Lilia Moritz, GARCIA, Lúcia. Registros escravos: repertório das fontes
oitocentistas pertencentes ao acervo da Biblioteca Nacional. Biblioteca
Nacional: Rio de Janeiro, 2006, p. 31.
Analise as afirmativas
sobre o texto.
I. Faz referência à
proibição do comércio de escravos da Costa da África ao Norte do Equador,
estabelecendo as respectivas penas para quem descumprisse a legislação.
II. Não faz referência à
proibição do comércio de escravos, mas à abolição da escravatura no Brasil e no
Equador implicando em pagamento de multas e degradação.
III. O texto faz
referências ao processo de industrialização que substituiu a mão de obra
escrava, agora liberta pelo fim da escravidão, pela mão de obra assalariada a
partir do século XIX.
IV. Faz referências ao
incentivo do tráfico negreiro e à implementação de instrumentos legais do
comércio como o pagamento dos devidos impostos e multas.
Com base nessa análise,
está(ão) CORRETAS apenas a(s) afirmativa(s)
a)
IV
b)
I
c)
I e II
d)
III e IV
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Com
a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização,
configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia
de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio
teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e
as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar
da própria população local.
(Maria Odila
Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos,
2005.)
12. A alteração na relação
entre o governo português e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por
exemplo,
a)
na redução dos
impostos sobre a exportação do açúcar e do algodão, no reforço do sistema
colonial e na maior integração do território brasileiro.
b)
no
estreitamento dos vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, na instalação de
um modelo federalista e na modernização dos portos.
c)
na ampliação
do comércio com as colônias espanholas do Rio da Prata, na reurbanização do Rio
de Janeiro e na redução do contingente do funcionalismo público.
d)
na abertura de
estradas, na melhoria das comunicações entre as capitanias e no maior
aparelhamento militar e policial.
e)
no
restabelecimento de laços comerciais com França e Inglaterra, na fundação de
casas bancárias e no aprimoramento da navegação de cabotagem.
13. A vinda da Corte portuguesa
para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,
a)
pelo fim da
ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais
portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.
b)
pela pressão
comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a
expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.
c)
pelo interesse
de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América
Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
d)
pela invasão
francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a
política da Inglaterra.
e)
pela intenção
de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma
administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.
14. Leia a entrevista.
FOLHA – Estamos vivendo um
momento de novas interpretações em relação ao período imperial?
MAXWELL – (...) o movimento de
independência da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas em Portugal. Foram
os portugueses que não quiseram ser dominados por uma monarquia baseada na
América.
Com a rejeição da dominação
brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de fragmentação, guerras civis e
descontinuidade que são parecidos com aqueles que estavam acontecendo na
América espanhola.
É sempre importante, ao
pensar a história do Brasil, considerar que ela não se encaixa em
interpretações convencionais. É sempre necessário pensar um pouco de forma
contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesma trajetória de
outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal estava
lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá.
Acho que isto explica muito
das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século 19.
Marcos
Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais.
Folha de
S.Paulo,
25-11-2007.
“A história brasileira não
segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas”, pois
a)
em 1824 foi
promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada pela divisão e
autonomia dos três poderes e por uma legislação social avançada para os padrões
da época, pois garantia o direito de voto a todos os brasileiros.
b)
com a grave
crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa no início do
século XIX, restou ao Brasil um papel relevante no processo de recuperação das
bases econômicas industriais, com o fornecimento de algodão, tabaco e açúcar.
c)
os princípios
e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavam com o
conservadorismo das elites coloniais do centro-sul, defensoras de restrições mercantilistas
com o intuito de conter a ganância britânica pela riqueza brasileira.
d)
com as
invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole
espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada
em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.
e)
a elite
colonial nordestina – voltada para o mercado interno, defensora do centralismo
político-administrativo e da abolição da escravatura – apostava na liderança e
na continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação desse projeto
histórico.
15. O Brasil constituía então
uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda
(excetuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa
importação vinha quase toda do Brasil; as matérias-primas tropicais faziam
escala em Lisboa e daqui eram exportadas para o exterior. (...) A emancipação
econômica do Brasil (em 1808) teve, portanto, consequências graves na economia
portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento à
fonte de despesa.
SARAIVA, J. H. História de Portugal. Lisboa:
Europa-América, 1996. p. 274.
No contexto das medidas
liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a “emancipação econômica do
Brasil”, que o historiador português apresenta como danosa à economia
portuguesa, é resultado da
a)
autonomia
administrativa advinda da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e
Algarves.
b)
autonomia
financeira garantida com a criação do Banco do Brasil, que passou a emitir
papel moeda.
c)
liberação
manufatureira estabelecida pelo Alvará de 1º de abril, que permitiu as
instalações de indústrias no Brasil.
d)
incrementação
do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de Comércio e
Navegação com a Inglaterra.
e)
liberdade de
comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações
Amigas de Portugal.
16. Fui
à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros
e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos,
de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em
grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral,
repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos
largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se
obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário
de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado
originalmente em 1824). Adaptado.
Esse trecho do diário da
inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi
escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns
efeitos
a)
do Ato de
Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial
dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do
sul.
b)
do Tratado de
Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por
mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas
colônias.
c)
da abertura
dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a
chegada da família real portuguesa à América.
d)
do Tratado de
Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do
Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.
e)
da ação
expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império
Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.
17. “Obrigado
pelas imperiosas circunstâncias (...) a transportar a sede do império
temporariamente para outra parte dos meus domínios, (...) foi necessário
procurar elevar a prosperidade daquelas partes do império (...) para que elas
pudessem concorrer às despesas necessárias para sustentar a honra e o esplendor
do trono e para segurar sua defesa contra a invasão de um poderoso inimigo.
Para este fim (...) fui servido a adotar os princípios (...) da liberdade e
franquia do comércio e diminuição dos direitos de alfândegas (...)”.
Príncipe
regente, D. João VI, Rio de Janeiro, 7/3/1810.
A diminuição dos direitos
de alfândega de que trata o texto, consequências dos Tratados de 1810, resultou
no
a)
aumento das
exportações brasileiras na medida em que se legalizou o comércio com outros
países da Europa.
b)
incremento e
consolidação do domínio inglês sobre o Brasil em função dos privilégios
comerciais garantidos à Inglaterra.
c)
estabelecimento
no Brasil, das primeiras estradas de ferro interligando áreas produtoras aos
portos, agilizando as exportações.
d)
desenvolvimento
da indústria manufatureira do Brasil incentivada pela entrada de capitais estrangeiros,
em particular ingleses.
e)
crescimento da
produção agrária da colônia para atender a demanda dos vários países que
passaram a comprar matéria prima brasileira.
18. Nossa independência não foi
obra de um único ato – o grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822. Foi, sim,
o resultado de um processo iniciado com
a) o “Dia do FICO”, isto é,
quando o Príncipe Regente D. Pedro rompeu com as Cortes de Lisboa, que exigiam
sua volta.Desobedecendo-lhes, resolveu permanecer no Brasil.
b) a Abertura dos Portos às
Nações Amigas, obra do Príncipe D. João, em 1808, logo após a chegada da Corte
Portuguesa ao Brasil. Pondo fim ao Pacto Colonial, rompiam-se as amarras com Portugal,
pois o monopólio estava extinto.
c) a elevação do Brasil à
categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, em 1815, por ordem de D. João,
príncipe Regente de Portugal.
d) o Golpe da Maioridade, que
emancipou D. Pedro de Alcântara. Obra dos ‘ maioristas’, deu início a uma nova
fase na história do Brasil.
e) o regresso de D. João VI a
Portugal. Pressionado pelas Cortes de Lisboa e pela Revolução do Porto, de
1820, o monarca regressou a Portugal, dando instruções a seu filho D. Pedro
para que fizesse a independência do Brasil.
19. “Eis que
uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição à
corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto
para o nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar]
sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos propusemos tratar.”
F. A.
Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.
O texto trata da Revolução
pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que
os insurgentes
a)
pretendiam a
separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos
portugueses desse território.
b)
contaram com a
ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão
na região.
c)
dominaram
Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia
do Grão-Pará e Maranhão.
d)
propuseram a
independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas
das camadas populares.
e)
implantaram um governo de
terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da
terra.
20. Observe os retratos abaixo.
Em 2010, foram comemoradas
as relações Brasil-França, e verificamos que as interfaces que ligam as
duas nações são marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da
família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou, entre outros eventos, a
vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, porque
a)
o estilo
neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal de
civilização, de acordo com os padrões da classe dominante europeia, sendo essa
a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento, do Brasil.
b)
a arte
acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton, tinha, como
objetivo, alterar o gosto e a cultura nacional, ainda marcadamente influenciada
pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.
c)
a arte
acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando o poder civil, as
datas e os personagens históricos, agradava mais às classes populares
nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus.
d)
somente
artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a paisagem e
os costumes brasileiros, modificados com a vinda da família real para a
colônia.
e)
era necessário
criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes, a fim de cultivar e
estimular, nos trópicos, a admiração pelos padrões intelectuais e estéticos
portugueses, reconhecidamente superiores.
Gabarito:
Resposta da questão 1: [C]
Resposta da questão 2: [C]
Resposta da questão 3: [C]
Resposta da questão 4: [C]
Resposta da questão 5: [E]
Resposta da questão 6: [C]
Resposta da questão 7: [D]
Resposta da questão 8: [B]
Resposta da questão 9: [B]
Resposta da questão 10: [E]
Resposta da questão 11: [B]
Resposta da questão 12: [D]
Resposta da questão 13: [D]
Resposta da questão 14: [D]
Resposta da questão 15: [E]
Resposta da questão 16: [C]
Resposta da questão 17: [B]
Resposta da questão 18: [B]
Resposta da questão 19: [D]
Resposta da questão 20: [A]
Muito bom!
ResponderExcluirBrasilnão tinha rei naquela época,ou seja,com Dom João VI Brasil se torna independente,pois possui um rei
ExcluirPorque o 9 é Bem?
ResponderExcluirMe responde por favor!
Porque as medidas tomadas em 1808 e 1810 contribuíram na emancipação do Brasil.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito obrigado professor! Ajudou muito no meu estudo, e pretendo ver muitos outros conteúdos seus, valeu!
ResponderExcluirporque a 14 é D?
ResponderExcluirPorque a 3 é C?
ResponderExcluirEu tb quero saber
ExcluirQual acha q e ?
Excluirmuito obrigada
ResponderExcluir