Hoje segue uma bateria sobre a origem e o desenvolvimento do Cristianismo no Mundo Ocidental em decorrência das comemorações da Páscoa nesse final de semana.
Desejo a todos um bom trabalho, muito chocolate e Feliz Páscoa!
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1.
Observe
a figura a seguir.
A bênção Urbi et Orbi, dirigida à cidade de Roma
e ao mundo, foi proferida pelo Papa Francisco logo após sua eleição, durante os
ofícios da Páscoa cristã, diretamente da Basílica de São Pedro, na cidade do
Vaticano. O Vaticano é uma cidade-estado encravada na urbe romana e conquistou
sua autonomia política por meio do Tratado de
a)
Methuen,
assinado por Childerico, em 830.
b)
Presburgo,
assinado pelo papa Inocêncio I, em 1314.
c)
Santo
Ildefonso, assinado pelo Duque de Ferrara, em 1754.
d)
Latrão,
assinado por Benito Mussolini, em 1929.
e)
Roma,
assinado pelo Papa João XXIII, em 1963.
2.
Observe as datas assinaladas no
calendário de 2006 e leia o texto a seguir.
Ao contrário de outras festividades do calendário católico, o Carnaval e
a Páscoa não acontecem sempre nas mesmas datas e a sua determinação deve
obedecer a alguns critérios. Primeiramente é marcado o dia da Páscoa, que deve
coincidir com o primeiro domingo de lua cheia após o início da primavera no
hemisfério norte. Fixada essa data, marca-se a Terça-Feira de Carnaval para o
470 dia anterior à Páscoa. A Quarta-Feira de Cinzas marca o início do período
da Quaresma.
Esses dados permitem concluir que:
I - O Carnaval é uma festividade que não consta do calendário de todos
os povos.
II - No Estado de São Paulo, como na maior parte do território
brasileiro, a Páscoa ocorre sempre no outono.
III - Do ponto de vista da Igreja Católica, das datas mencionadas a
única que tem importância religiosa é a da Páscoa.
IV - A fixação das datas da Páscoa e do Carnaval é determinada por
fatores histórico-culturais mas condicionada a fatores naturais.
Estão corretas somente
a)
I, II e III.
b)
I, II e IV.
c)
II, III e IV.
d)
I e IV.
e)
II e III.
3.
A
respeito das relações entre o Renascimento e o Cristianismo na Europa, os
professores Francisco Falcon e Edmilson, Rodrigues escreveram: Não buscavam os
humanistas o caminho até Deus pelo desespero, como Lutero, e muito menos
concordavam com o servo-arbítrio. Além disso, desaprovavam a violência e os
cismas, o que explicava por que grandes intelectuais se recusaram a aderir à
Reforma. Essa atitude dos humanistas, como Erasmo e Morus, acabou por criar uma
terceira via para a crise que se apresentava sob a forma de uma renovação das
doutrinas e dos sentimentos diante do mundo. A utopia foi uma das
representações dessa terceira via. Nesse sentido, o luteranismo e o calvinismo,
no que se referem à doutrina, são anti-humanistas.
FALCON,
F.; RODRIGUES, A. E. A formação do mundo moderno. A
construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006. p. 130.
As
ideias apresentadas pelos autores no trecho acima, a respeito do contexto das
divergências teológicas do século XVI, apontam para o fato de que o(a)
a)
Luteranismo é
uma doutrina em tudo oposta ao Calvinismo.
b)
Renascimento
deve ser interpretado como pertencendo à teologia católica.
c)
Humanismo não
caracterizou apenas os reformadores protestantes.
d)
Reforma
protestante se opôs às ideias do classicismo grego.
e)
Utopia foi um
movimento de reafirmação das doutrinas anglicanas.
4.
“Não
descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de
toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas
da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes
Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia,
Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas
pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo.
Quantas
senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres
ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados,
todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam
junto aos antigos altares de Cristo (…).”
(São
Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida
pública e vida privada. 2000)
O
excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela
a)
combinação da
cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Romano, em
meio às invasões germânicas e de outros povos.
b)
reorientação
radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos
e o início de contato com o norte da Europa.
c)
expulsão dos
povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos organismos
representativos da República Romana.
d)
crescente
restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o
governo romano acusava os cristãos de aliança com os invasores.
e)
retomada do
paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabilizados
pela grave crise política do Império Romano.
5.
O
Império Bizantino, após a queda de Roma, gradativamente se afastou da influência
ocidental e da autoridade exercida pelo papa. Em meados do século XI, após uma
série de discordâncias, ocorreu o Cisma do Oriente que dividiu o cristianismo
em duas partes.
No
Ocidente, a Igreja Católica Apostólica Romana se manteve, mas no Oriente, outra
Igreja Cristã foi formada.
Assinale
o nome que recebeu a Igreja do Império Bizantino.
a)
Igreja
Protestante.
b)
Igreja
Renascentista.
c)
Igreja Cristã
Ortodoxa Grega.
d)
Igreja Supra
Oriental.
e)
Igreja
Moderna.
6. O anfiteatro era, para os
romanos, parte de sua normalidade cotidiana, um lugar no qual reafirmavam seus
valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros eram expostos, para serem
supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam insurgido contra a ordem
romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também, bandidos e marginais, como por
vezes os cristãos, que eram jogados às feras e dados como espetáculo, para o
prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam os valores normais da
sociedade.
(Norberto Luiz
Guarinello, A normalidade da violência em Roma)
Sobre as relações entre os
cristãos e o Estado Romano, é correto afirmar que
a)
a violência
durante a República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a
presença dos povos bárbaros dentro das fronteiras romanas.
b)
a prática do
cristianismo foi tolerada em Roma desde os primórdios dessa religião, e as
ocorrências violentas podem ser consideradas exceções.
c)
o cristianismo
sofreu violenta perseguição no Império Romano pela sua recusa em aceitar a
divinização dos imperadores.
d)
a ação cristã
foi consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião
restringiu-se aos seus principais líderes.
e)
a intensa
violência praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto
período, apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana.
7. Leia o segmento abaixo.
O homem medieval pensa no
cotidiano usando os mesmos moldes de sua teologia.
HUIZINGA, Johan. O outono da Idade
Média. São Paulo: Cosacnaify, 2010. p. 375.
A base da teologia, no
mundo medieval, sustenta-se
a)
na
escolástica.
b)
no epicurismo.
c)
no
protestantismo.
d)
no
cristianismo primitivo.
e)
no paganismo.
8. Mais
ou menos a partir do século XI, os cristãos organizaram expedições em comum
contra os muçulmanos, na Palestina, para reconquistar os “lugares santos” onde
Cristo tinha morrido e ressuscitado. São as cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da Idade Média
tiveram então o sentimento de pertencer a um mesmo grupo de instituições, de
crenças e de hábitos: a cristandade.
(Jacques Le
Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Segundo o texto, as
cruzadas
a)
contribuíram para
a construção da unidade interna do cristianismo, o que reforçou o poder da
Igreja Católica Romana e do Papa.
b)
resultaram na
conquista definitiva da Palestina pelos cristãos e na decorrente derrota e
submissão dos muçulmanos.
c)
determinaram o
aumento do poder dos reis e dos imperadores, uma vez que a derrota dos cristãos
debilitou o poder político do Papa.
d)
estabeleceram
o caráter monoteísta do cristianismo medieval, o que ajudou a reduzir a
influência judaica e muçulmana na Palestina.
e)
definiram a
separação oficial entre Igreja e Estado, estipulando funções e papéis
diferentes para os líderes políticos e religiosos.
9. Leia o documento.
Deus criador do universo
fixou duas grandes luminárias no firmamento do céu: a luminária maior para
dirigir o dia e a luminária menor para dirigir a noite. Da mesma maneira, para
o firmamento da Igreja universal, como se se tratasse do Céu, nomeou duas
grandes dignidades; a maior para tomar a direção das almas, como se estas fossem
dias, a menor para tomar a direção dos corpos, como se estes fossem as noites.
Estas dignidades são a autoridade pontifícia e o poder real. Assim como a Lua
deriva a sua luz da do Sol e na verdade é inferior ao Sol tanto em quantidade
como em qualidade, em posição como em efeito, da mesma maneira o poder real
deriva o esplendor da sua dignidade da autoridade pontifícia: e quanto mais
intimamente se lhe unir, tanto maior será a luz com que é adornado; quanto mais
prolongar [essa união], mais crescerá em esplendor.
Apud Luiz
Koshiba, História: origens,
estruturas e processos.
No documento – escrito pelo
papa Inocêncio III, em 1198 – é correto identificar
a)
a recuperação
de um preceito dos primeiros tempos do cristianismo, que defendia a pureza da
alma e a pecaminosidade do corpo.
b)
uma associação
entre a estrutura moral dos monarcas e a aprovação dos seus governos pelas
autoridades religiosas.
c)
a condenação
de todas as teorias que adotavam a cosmologia divina sobre a constituição do
poder dos líderes da Igreja Católica.
d)
uma
determinada visão sobre as relações hierárquicas entre o poder espiritual e o
poder temporal no mundo medieval europeu.
e)
os resquícios
de uma concepção da Antiguidade Oriental que reconhecia a supremacia das
religiões monoteístas sobre o paganismo.
10. O
cristianismo católico tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de
380 d.C., data da edição do famoso édito de Tessalônica, outorgado pelo
Imperador Teodósio. Desde a sua criação até este momento, a caminhada foi dura
e difícil para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições
movidas por alguns imperadores romanos, eternizadas pelos relatos fantásticos e
emotivos de vários escritores e historiadores cristãos.
Podemos
apontar como principais causas dessas perseguições:
a)
O ódio e a
intolerância tanto das autoridades como da população pagã do mundo romano, que
viam na figura de Cristo e na comunidade cristã uma ameaça ao poder do
Imperador.
b)
A constante
penetração de elementos cristãos tanto nas filas do exército imperial romano
como em cargos administrativos de elevada importância, que poderiam servir de
“mau exemplo” tanto em termos políticos como ideológicos.
c)
Aspectos de
índole moral, na medida em que os cristãos eram acusados pelos pagãos de
realizarem orgias e assassinatos de crianças em seus rituais.
d)
A associação
entre os cristãos e os inimigos bárbaros que punha em risco a estabilidade
política e religiosa interna do mundo imperial romano.
e)
A necessidade
de oferecer à população de Roma “pão e circo”, com os cristãos sendo
sacrificados na arena do Coliseu para minimizar a ameaça de revoltas populares
contra as autoridades imperiais.
11. [Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas.
Isso
vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã.
(Jacques Le
Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Sobre essas festas
medievais, podemos dizer que
a)
muitos relatos
do cotidiano medieval indicam que havia um confronto entre as festas de origem
pagã e as criadas pelo cristianismo.
b)
os torneios
eram as principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e
servos que, montados em cavalos, se divertiam juntos.
c)
a Igreja
Católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava do
culto a alguma divindade pagã.
d)
as festas
rurais representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a
encenação do ritual de sagração de cavaleiros.
e)
religiosos e
nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos
grandes eventos públicos cristãos.
12. Observe o gráfico.
Uma explicação de caráter
histórico para o percentual da religião com maior número de adeptos declarados
no Brasil foi a existência, no passado colonial e monárquico, da
a)
incapacidade
do cristianismo de incorporar aspectos de outras religiões.
b)
incorporação
da ideia de liberdade religiosa na esfera pública.
c)
permissão para
o funcionamento de igrejas não cristãs.
d)
relação de
integração entre Estado e Igreja.
e)
influência das
religiões de origem africana.
13. Observe a figura.
O ícone, pintura sobre
madeira, foi uma das manifestações características da Civilização Bizantina,
que abrangeu amplas regiões do continente europeu e asiático. A arte bizantina
resultou
a)
do fim da
autocracia do Império Romano do Oriente.
b)
da interdição
do culto de imagens pelo cristianismo primitivo.
c)
do “Cisma do
Oriente”, que rompeu com a unidade do cristianismo.
d)
da fusão das
concepções cristãs com a cultura decorativa oriental.
e)
do
desenvolvimento comercial das cidades italianas.
14. No século XVI, com a
ocorrência da Reforma e da Contra-reforma, católicos e protestantes, apesar de
manterem o tronco comum no cristianismo, passam a divergir quanto às práticas e
às explicações para suas crenças. Considerando as divergências, conclui-se que,
em relação à hierarquia religiosa,
a)
os católicos
aceitaram o poder temporal dos Reis, constituindo uma relação de submissão da
Igreja em relação ao Estado.
b)
os luteranos
aceitaram a relação direta entre Deus e o fiel por meio da oração, sem
dispensar a figura de um religioso.
c)
os católicos
negavam a autoridade dos clérigos, indignados com o privilégio que eles tinham
como intérpretes das Escrituras.
d)
os calvinistas
conservaram o ritual litúrgico determinado por Roma, mantendo o culto aos
santos e à Virgem Maria.
e)
os luteranos
aboliram os sacramentos do batismo e da eucaristia, rompendo com o ordenamento
proposto pelo cristianismo.
15.
O culto de imagens de pessoas
divinas, mártires e santos foi motivo de seguidas controvérsias na história do
cristianismo. Nos séculos VIII e IX, o Império bizantino foi sacudido por
violento movimento de destruição de imagens, denominado "querela dos iconoclastas".
A questão iconoclasta
a)
derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto que as religiões
pagãs greco-romanas devotavam às representações plásticas de seus deuses.
b)
foi pouco importante para a história do cristianismo na Europa ocidental,
considerando a crença dos fiéis nos poderes das estátuas.
c)
produziu um movimento de renovação do cristianismo empreendido pelas
ordens mendicantes dominicanas e franciscanas.
d)
deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas desprovidas de
decoração e de ostentação de riquezas.
e)
inviabilizou a conversão para o cristianismo das multidões
supersticiosas e incultas da Idade Média europeia.
16.
Sobre a queda do Império Romano do
Ocidente no ano de 476 d.C. podemos afirmar que:
a)
Ocorreu, após os conflitos entre Roma e os cartagineses, o que
enfraqueceu as bases econômicas do Império.
b)
Teve, no fortalecimento do cristianismo, a única motivação explícita.
c)
Foi provocada pela conjugação de uma série de fatores, destacando-se a
ascensão do cristianismo, as invasões bárbaras, a anarquia nas organizações
militares e a crise do sistema escravista.
d)
Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a única explicação possível.
e)
Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, a principal liderança
político-militar a comandar os povos bárbaros na queda de Roma.
17.
Leia o texto a seguir:
"[...] Aqueles que
deixaram a Espanha para converter os índios viram-se incumbidos de uma missão
de especial importância no esquema divino da história, pois a conversão do Novo
Mundo era um prelúdio necessário para seu término e para a segunda vinda de Cristo.
Acreditavam também que, entre esses povos inocentes da América ainda não
contaminados pelos vícios da Europa, poderiam construir uma Igreja que se
aproximasse da de Cristo e os primeiros apóstolos. Os primeiros estágios da
missão americana, com o batismo em massa de centenas de milhares de índios,
pareciam garantir o triunfo desse movimento em prol de um retorno ao
cristianismo primitivo que havia tão repetidamente sido frustrado na Europa.
[...] No entanto, embora o índice de conversão fosse espetacular, sua qualidade
deixava muito a desejar. Havia sinais alarmantes de que os índios que haviam
adotado a fé com aparente entusiasmo ainda veneravam seus velhos ídolos em
segredo. Os missionários também se chocaram contra muralhas de resistência nos
pontos em que suas tentativas de incutir os ensinamentos morais do cristianismo
conflitavam com padrões de comportamento estabelecidos havia muito tempo. Não
era fácil, por exemplo, inculcar as virtudes da monogamia a uma sociedade que
via as mulheres como servas e o acúmulo de mulheres como fonte de riqueza.
(ELLIOT, J. H. "A conquista espanhola e a colonização da
América". In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina: América
Latina Colonial I. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998, v. 1 p.
185-186.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a colonização das Américas
portuguesa e espanhola, é correto afirmar:
a)
As ordens religiosas que no novo mundo se instalaram utilizaram-se do
ouro existente em abundância e do trabalho indígena para conquistá-los para a
fé cristã, prometendo-lhes defender suas terras, espaço de sobrevivência
terrena, e o reino dos céus, lugar do descanso após a morte.
b)
A primeira geração de missionários percebeu que os índios não conseguiam
compreender a diferença entre adoração a uma imagem e o conteúdo religioso que
ela representava. Para solucionar esse problema, algumas imagens de deuses
indígenas foram inseridas nas igrejas católicas construídas nas colônias.
c)
Quando os missionários das diversas ordens religiosas perceberam que os
indígenas eram desobedientes e necessitavam de cuidado especial, propuseram à
Coroa espanhola que estimulasse o casamento misto como forma de forçar a adoção
- por parte dos nativos - da Fé Cristã.
d)
As comunidades indígenas existentes nas Américas portuguesa e espanhola,
juntamente com os missionários, investiram no cultivo da terra e exportação de
produtos manufaturados para a Europa.
e)
A Espanha, baluarte do catolicismo, investiu na conquista religiosa dos
nativos acreditando, a princípio, que os indígenas, por não conhecerem nem
terem tido contato com os defeitos morais e maus hábitos existentes no velho mundo, fossem mais propensos à
conversão para a Fé Católica.
18.
"Não é minha intenção que não
haja escravos... nós só queremos os lícitos, e defendemos (proibimos) os
ilícitos."
Essa posição do jesuíta Antônio Vieira, na segunda metade do século
XVII,
a)
aceita a escravidão negra mas condena a indígena.
b)
admite a escravidão apenas em caso de guerra justa.
c)
apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao cristianismo.
d)
restringe a escravidão ao trabalho estritamente necessário.
e)
conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a escravidão em geral.
19.
Leia o texto a seguir, que se
refere à história do significado do trabalho.
Do ponto de vista da história, uma das revoluções do cristianismo no
Ocidente, reforçada pela tradição monástica hostil ao ócio, é ter feito do
trabalho um valor.
IOGNA-PRAT, Dominique. Ordem (ns). In: "Dicionário temático do
ocidente medieval." Bauru/SP: EDUSC: Imprensa Oficial do Estado de São
Paulo. p. 313. [Adaptado].
A respeito da história da concepção de trabalho, pode-se afirmar que, na
a)
Grécia Antiga, as atividades manuais eram consideradas socialmente
superiores.
b)
Roma Antiga, o estatuto da escravidão limitava o trabalho do escravo às
atividades no campo.
c)
Roma republicana, o trabalho foi pensado como preço a ser pago pelo castigo
decorrente do pecado original.
d)
Idade Média, concebeu-se o trabalho como meio pelo qual o fiel poderia
elevar-se de sua condição mundana.
e)
Baixa Idade Média, o estatuto do trabalho nas cidades era semelhante ao
da servidão nos campos.
20.
Em 399 d.C., ocorreu um conflito
no norte da África entre cristãos e pagãos, no qual cerca de sessenta cristãos
foram mortos. Por esse motivo, Santo Agostinho escreve uma carta aos dirigentes
locais, acusados de incitar a violência. O trecho a seguir reproduz parte dessa
carta.
"No meio de vós, as leis romanas foram sepultadas, o terror das
justas sentenças foi calcado aos pés e, certamente, não há nenhuma veneração ou
temor pelos imperadores. (...) Então, se reclamais vosso Hércules, quando
tivermos coletado cada moeda, de vosso artífice nós compraremos um deus para
vós. Devolvei, portanto, as almas que vossa truculenta mão abateu e, assim, do
mesmo modo que por nós seja restituído vosso Hércules, sejam também por vós
devolvidas tão numerosas almas."
(Santo
Agostinho, "Carta 50".)
Sobre o teor dessa carta, assinale a alternativa correta.
a)
A carta de Santo Agostinho faz referência a um acordo entre cristãos e
pagãos, pelo qual se propõe a restituição de uma nova imagem de Hércules, com a
finalidade de reestabelecer a paz naqueles domínios do Império Romano.
b)
As palavras de Agostinho indicam que ele procurou defender o ponto de
vista e as atitudes dos pagãos.
c)
O propósito da carta de Santo Agostinho é a conversão de novas almas ao
cristianismo.
d)
Com uma ironia ferina, Santo Agostinho desvaloriza o deus pagão,
insinuando que este pode ser comprado, enquanto que as almas cristãs não.
e)
A carta de Santo Agostinho indica que as desavenças entre cristão e
pagãos eram irrelevantes para ele.
Gabarito:
Resposta da questão 1: [D]
Resposta da questão 2: [B]
Resposta da questão 3: [C]
Resposta da questão 4: [A]
Resposta da questão 5: [C]
Resposta da questão 6: [C]
Resposta da questão 7: [A]
Resposta da questão 8: [A]
Resposta da questão 9: [D]
Resposta da questão 10: [D]
Resposta da questão 11: [A]
Resposta da questão 12: [D]
Resposta da questão 13: [D]
Resposta da questão 14: [B]
Resposta da questão 15: [A]
Resposta da questão 16: [C]
Resposta da questão 17: [E]
Resposta da questão 18: [A]
Resposta da questão 19: [D]
Resposta da questão 20: [D]
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